Brasil bate recorde negativo no ranking global de corrupção

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 O Brasil registrou sua pior posição no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), elaborado pela Transparência Internacional. Em 2024, o país atingiu 34 pontos em uma escala de 0 a 100, na qual valores mais baixos indicam maior corrupção. Com isso, desceu para a 107ª colocação entre 180 países avaliados, evidenciando dificuldades persistentes no enfrentamento desse problema.

A queda reflete um agravamento da situação em relação ao ano anterior, quando o Brasil obteve 36 pontos e figurava na 104ª posição. Historicamente, o melhor desempenho nacional ocorreu em 2012 e 2014, com 43 pontos, quando o país ainda ocupava uma posição intermediária no ranking.

Fatores que contribuíram para a piora

A Transparência Internacional atribui a piora no índice a uma série de fatores, entre eles:

• Falta de uma política robusta de combate à corrupção;
• Redução na transparência de programas públicos, como o Novo PAC;
• Supostas interferências políticas em estatais estratégicas, como a Petrobras;
• Restrição ao acesso de informações governamentais;
• Denúncias de corrupção envolvendo órgãos públicos e emendas parlamentares;
• Decisões do Supremo Tribunal Federal que resultaram na anulação de investigações e processos de corrupção.

Além disso, a entidade chama a atenção para o fortalecimento da influência do crime organizado nas instituições públicas, tornando mais complexo o cenário de governança no país.

Panorama global e comparação com outros países

No contexto internacional, países como Dinamarca, Finlândia e Singapura lideram o ranking, com notas acima de 85 pontos, sendo considerados referências em integridade pública. Na América Latina, o Uruguai se destaca positivamente, alcançando 76 pontos e ocupando uma posição de destaque na lista.

A média global do índice é de 43 pontos, enquanto a das Américas é de 42, ambas superiores à pontuação brasileira. A Transparência Internacional reforça a necessidade de reformas estruturais para fortalecer o combate à corrupção e reverter a trajetória negativa do país nos próximos anos.